Outro
dia aprendi num seminário sobre comportamento um tal exercício de gratidão. Ele
consiste basicamente em acordar todos os dias e fazer uma pequena lista com as
coisas pelas quais sou grata. Confesso que me deu certa preguiça. Mas seguindo
meu movimento atual de autoconhecimento, resolvi experimentar.
O
exercício sugeria 5 coisas. Acreditando que eu não teria 5 coisas para
agradecer, decidi que começar com 3
estava de bom tamanho. A primeira lista foi a mais difícil, mas a medida que eu
fazia esse esforço de procurar coisas boas pelas quais sou grata mais coisas me
vinham à cabeça. Ao passar dos dias,
volta e meia me pagava pensando: “Recebi uma mensagem carinhosa da minha amiga!
Sou grata por isso!”; “Uau! Não peguei nadinha de trânsito em plena sexta
feira! Sou muito grata por isso!”; “Justo hoje que deu chuva e frio eu posso
trabalhar de casa, de pijama e cobertor no colo! Fala sério!Sou muito grata por
isso”. E assim, a lista matinal se tornou obsoleta. Quantas coisas boas eu tenho a agradecer e
nem sabia! Serelepe e saltitante... Até que uma coisinha saiu errado.
Um
encontro pelo qual eu esperava e no qual eu havia depositado muitas
expectativas foi cancelado. Não foi adiado, foi CAN CE LA DO. Eu costumo
resumir minha reação automática às minhas emoções mais fortes como um tsunami.
Primeiro a onda recua, calma e serena e as pessoas olham intrigadas praquele
movimento. Até que a onda volta e... bem, você sabe como são os tsunamis. Isso
era o que eu esperava de mim mesma. Mas no momento em que a onda de sentimentos
recuou, eu respirei fundo... e fui arrebatada por uma profunda sensação de
calma e gratidão.
E foi
aí que juntei as peças. Ser grata quando as coisas acontecem do meu jeito, no
meu tempo e como eu planejei é fácil. Ser grata por receber declarações de
amor, sorrisos e gentilezas é muito fácil. Mas o que foi realmente
transformador pra mim foi mudar minha percepção de gratidão. Foi reconhecer que
em toda situação há uma oportunidade de refletir sobre as minhas atitudes, meus
desejos, expectativas e me perguntar: O que eu aprendi com isso? E eu aprendi,
mais uma coisa nova.
E por isso, eu sou profundamente grata.
Comecei a escrever isso por causa de uma situação engraçada
que me aconteceu. Entrei na padaria pra tomar um café e estava com a cabeça a
mil, eufórica com essa epifania matinal e ao invés de dar bom dia ao atendente
eu disse “obrigada”. Ele prontamente me respondeu: “Eu que agradeço!”. Rimos da
situação, e antes que eu pudesse explicar a confusão ele me diz: “Foi um obrigada tão empolgado e sincero, que não
resisti e agradeci também.
Se você cruzar comigo por aí e me ver sorrindo, dizendo
obrigada no lugar de bom dia, não me julgue. Nesses últimos dias ta difícil
esconder o quanto sou grata.
(Sobre o texto: Floripa, 25 de Agosto de 2016. (Depois da meditação que não
aconteceu. Antes da corrida que durou três minutos, e da caminhada que durou 3
horas. Ouvindo Intro. Loop infinito)
Aaaahhh e por falar em gratidão, se liga nessa panqueca de banana ämerican style". Faz aí e me diz se depois de comer essa lindeza quentinha com manteiga e mel a vida não fica beeeeem mais legal ;)
- Panqueca de banana "american style": Dois ovos (bate muito bem, eu sempre faço usando mixer, pode ser liqui ou batedeira, tanto faz), acrescenta duas bananas grandes madurinhas (ou três pequenas), 1 colher de óleo de coco ou manteiga,4 colheres de leite (eu sempre uso leite vegetal, mas qualquer um serve, até agua serve) baunilha e canela à gosto, uma pitadinha de sal. Bate bem. Agora coloca 5 colheres de farinha de trigo peneirada, mistura à mão mesmo só até ficar homogêneo e cremoso(se ficar muito duro ou muito liquido, ajuste os ingredientes sem medo. vai dar certo). 1 colher de sobremesa rasa de fermento. Mistura e pronto. Frigideira antiaderente bem quente, untada com manteiga ou óleo de coco. Use uma concha pra medir: uma concha não muito cheia = 1 panqueca. Cozinhe em fogo baixo até que surjam bolhinhas na superfície. Vire e doure do outro lado. Repita com o restante da massa. Sirva quentinha com manteiga e mel. Ou com geleia. Ou com chocolate derretido. Ouve teu coraçao e vai. A vida é boa e panqueca de banana é o café da manhã mais generoso e amoroso do mundo. Tipo colo de mãe. faz aí e me conta.
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