quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Sobre a gratidão, desencontros providenciais e um ato falho

                Outro dia aprendi num seminário sobre comportamento um tal exercício de gratidão. Ele consiste basicamente em acordar todos os dias e fazer uma pequena lista com as coisas pelas quais sou grata. Confesso que me deu certa preguiça. Mas seguindo meu movimento atual de autoconhecimento, resolvi experimentar.
                O exercício sugeria 5 coisas. Acreditando que eu não teria 5 coisas para agradecer, decidi  que começar com 3 estava de bom tamanho. A primeira lista foi a mais difícil, mas a medida que eu fazia esse esforço de procurar coisas boas pelas quais sou grata mais coisas me vinham à cabeça.  Ao passar dos dias, volta e meia me pagava pensando: “Recebi uma mensagem carinhosa da minha amiga! Sou grata por isso!”; “Uau! Não peguei nadinha de trânsito em plena sexta feira! Sou muito grata por isso!”; “Justo hoje que deu chuva e frio eu posso trabalhar de casa, de pijama e cobertor no colo! Fala sério!Sou muito grata por isso”. E assim, a lista matinal se tornou obsoleta.  Quantas coisas boas eu tenho a agradecer e nem sabia! Serelepe e saltitante... Até que uma coisinha saiu errado.
                Um encontro pelo qual eu esperava e no qual eu havia depositado muitas expectativas foi cancelado. Não foi adiado, foi CAN CE LA DO. Eu costumo resumir minha reação automática às minhas emoções mais fortes como um tsunami. Primeiro a onda recua, calma e serena e as pessoas olham intrigadas praquele movimento. Até que a onda volta e... bem, você sabe como são os tsunamis. Isso era o que eu esperava de mim mesma. Mas no momento em que a onda de sentimentos recuou, eu respirei fundo... e fui arrebatada por uma profunda sensação de calma e gratidão.
                E foi aí que juntei as peças. Ser grata quando as coisas acontecem do meu jeito, no meu tempo e como eu planejei é fácil. Ser grata por receber declarações de amor, sorrisos e gentilezas é muito fácil. Mas o que foi realmente transformador pra mim foi mudar minha percepção de gratidão. Foi reconhecer que em toda situação há uma oportunidade de refletir sobre as minhas atitudes, meus desejos, expectativas e me perguntar: O que eu aprendi com isso? E eu aprendi, mais uma coisa nova.
E por isso, eu sou profundamente grata.
Comecei a escrever isso por causa de uma situação engraçada que me aconteceu. Entrei na padaria pra tomar um café e estava com a cabeça a mil, eufórica com essa epifania matinal e ao invés de dar bom dia ao atendente eu disse “obrigada”. Ele prontamente me respondeu: “Eu que agradeço!”. Rimos da situação, e antes que eu pudesse explicar a confusão ele me diz: “Foi um obrigada tão empolgado e sincero, que não resisti e agradeci também.
Se você cruzar comigo por aí e me ver sorrindo, dizendo obrigada no lugar de bom dia, não me julgue. Nesses últimos dias ta difícil esconder o quanto sou grata. 


(Sobre o texto: Floripa, 25 de Agosto de 2016. (Depois da meditação que não aconteceu. Antes da corrida que durou três minutos, e da caminhada que durou 3 horas. Ouvindo Intro. Loop infinito)

Aaaahhh e por falar em gratidão, se liga nessa panqueca de banana ämerican style". Faz aí e me diz se depois de comer essa lindeza quentinha com manteiga e mel a vida não fica beeeeem mais legal ;)

  • Panqueca de banana "american style": Dois ovos (bate muito bem, eu sempre faço usando mixer, pode ser liqui ou batedeira, tanto faz), acrescenta duas bananas grandes madurinhas (ou três pequenas), 1 colher de óleo de coco ou manteiga,4 colheres de leite (eu sempre uso leite vegetal, mas qualquer um serve, até agua serve) baunilha e canela à gosto, uma pitadinha de sal. Bate bem. Agora coloca 5 colheres de farinha de trigo peneirada, mistura à mão mesmo só até ficar homogêneo e cremoso(se ficar muito duro ou muito liquido, ajuste os ingredientes sem medo. vai dar certo). 1 colher de sobremesa rasa de fermento. Mistura e pronto. Frigideira antiaderente bem quente, untada com manteiga ou óleo de coco. Use uma concha pra medir: uma concha não muito cheia = 1 panqueca. Cozinhe em fogo baixo até que surjam bolhinhas na superfície. Vire e doure do outro lado. Repita com o restante da massa. Sirva quentinha com manteiga e mel. Ou com geleia. Ou com chocolate derretido. Ouve teu coraçao e vai. A vida é boa e panqueca de banana é o café da manhã mais generoso e amoroso do mundo. Tipo colo de mãe. faz aí e me conta. 





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